domingo, 24 de janeiro de 2010

PAC da Mobilidade Urbana vai incrementar transporte público nas cidades-sedes da Copa

Já estão garantidos os recursos para o PAC da Mobilidade Urbana da Copa do Mundo de 2014. O programa é composto de 47 projetos que vão melhorar a infaestrura aeroportuária, de transporte e de hotelaria nas 12 cidades que sediarão os jogos (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).
O governo federal investirá R$ 7,68 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que, somados às contrapartidas estaduais e municipais, totalizam R$ 11,48 bilhões. A verba será repassada por meio do Pró-Transporte, um programa do Ministério das Cidades que receberá os recursos do FGTS, conforme decisão aprovada pelo Conselho Gestor do Fundo na última terça-feira (12). Na ocasião, foi assinada também a Matriz de Responsabilidades para a Copa entre os governos federal, estaduais e municipais envolvidos na realização da Copa e o Comitê Organizador do Mundial, presidido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Prioridades – O governo priorizou projetos que pudessem ser concluídos de acordo com os cronogramas estabelecidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Foram considerados ainda os benefícios que os projetos trarão para as cidades após a realização do mundial. Segundo o ministro das Cidades, Marcio Fortes, cerca de 30% dos recursos serão investidos em sistemas de transporte sobre trilhos. 
Projetos de monotrilhos (trens suspensos) serão implantados em São Paulo e Manaus, e de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), em Brasília e Fortaleza. Os demais recursos federais serão investidos em corredores exclusivos de ônibus, estações de transferência, terminais e sistemas de monitoramento e BRT’s (ver quadro).
Investimentos nos estados –  Em São Paulo, serão investidos R$ 1,08 bilhão na Linha Ouro do monotrilho, ligando o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi. Em Belo Horizonte, serão construídas seis linhas de Bus Rapid Transit (BRT), ao custo de R$ 783,3 milhões. Mais R$ 210 milhões serão empregados em obras viárias e R$ 30 milhões na ampliação da central de controle de tráfego, num total de R$ 1,02 bilhão.
O governo federal vai investir R$ 1,19 bilhão no Rio de Janeiro, que também sediará as Olimpíadas de 2016. Lá será implantada uma linha de BRT entre a Penha e a Barra da Tijuca, passando pelo Aeroporto Tom Jobim. No Sul, R$ 44,6 milhões serão destinados aos projetos de mobilidade urbana de Curitiba. Em Porto Alegre, investimentos de R$ 368,6 milhões incluirão corredores viários para ônibus, duas linhas de BRT e sistemas de monitoramento de tráfego.
Manaus receberá R$ 800 milhões para um trem suspenso do norte ao centro da cidade e a implantação de BRT ligando o leste e o centro da capital. Já o Nordeste terá R$ 648 milhões para Recife (corredores expressos, BRT e terminal de ônibus). Em Natal, R$ 360,98 milhões (acesso ao aeroporto, corredores e obras viárias); R$ 414,4 milhões para Fortaleza (VLT, BRT, corredor expresso e estações de metrô) e R$ 541,8 milhões para o BRT de Salvador.
Na Região Centro-Oeste, a linha VLT de Brasília ligará o Aeroporto Juscelino Kubitschek ao terminal Asa Sul e obras viárias vão facilitar o acesso aeroporto, com um total de R$ 361 milhões de recursos federais. Já em Cuiabá serão gastos R$ 454,7 milhões para implantação de duas linhas de BRT e construção do corredor Mário Andreazza.
BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de qualidade. Com a utilização de corredores exclusivos, o BRT simula o desempenho e outras características atrativas dos modernos sistemas de transporte urbano sobre trilhos, com uma fração do seu custo.
Apesar do BRT ter sua origem baseada em ônibus, tem pouco em comum com os sistemas tradicionais de ônibus. Algumas características do BRT:
- corredores exclusivos ou preferência para a circulação do transporte coletivo;
- embarques e desembarques rápidos, através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos;
- sistema de pré-pagamento de tarifa;
- veículos de alta capacidade, modernos e com tecnologias mais limpas;
- transferência entre rotas sem incidência de custo;
- integração modal em estações e terminais;
- programação e controle rigorosos da operação;
- sinalização e informação ao usuário.

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