segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BNDES e Cáritas firmam acordo para apoiar economia solidária com R$ 10 milhões

O BNDES e a Cáritas Brasileira assinaram em 11 de novembro, em Brasília, acordo para financiar de maneira conjunta projetos de geração de emprego e renda.

O total disponível é de até R$ 10 milhões, e cada parceiro contribuirá com metade dos recursos. O objetivo da parceria é fomentar projetos de pequeno porte ligados à economia solidária, e o limite de apoio financeiro será de R$ 50 mil por projeto.


Os recursos do BNDES, não reembolsáveis, são provenientes de seu Fundo Social (composto por parte do lucro da instituição).

Serão passíveis de apoio projetos produtivos que permitam a criação ou melhoria de infraestrutura de produção, beneficiamento, armazenagem ou comercialização de produtos e projetos de formação e capacitação, na perspectiva da economia solidária, nos campos da organização social, da educação ambiental, da gestão organizacional e na área técnico-operacional.

A seleção dos projetos a serem apoiados será feita pela Cáritas, para posterior aval do BNDES.

A atuação por meio de parcerias é uma das iniciativas que o BNDES vem promovendo com o intuito de ampliar seu alcance e atender melhor à população de baixa renda, utilizando-se do BNDES Fundo Social como ferramenta de inclusão produtiva. A Cáritas possui uma reconhecida atuação na área social, trabalhando há mais de 30 anos no apoio a associações, cooperativas, redes e cadeias produtivas ligadas à economia solidária.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Organização Internacional do Trabalho e Brasil firmam parceria

Organização Internacional do Trabalho e Brasil firmam parceriaGoverno investirá US$ 1 milhão em projeto de desastres naturais 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o governo do Brasil lançaram na última semana, um programa para aumentar a resposta a desastres sociais e naturais. O projeto terá a duração de três anos, com o objetivo de melhorar a capacidade dos países em assistência humanitária, dar formação sobre a prevenção de desastres naturais e ajudar regiões afetadas a lidar com a recuperação pós-conflito.
Os primeiros países a se beneficiarem serão Haiti, Nigéria, Timor-Leste, as nações de língua portuguesa na África além dos territórios palestinos.

Para o diretor geral da OIT, Juan Somavia, "a liderança, o compromisso e a experiência do Brasil têm sido um exemplo autêntico de assistência humanitária internacional". Somavia destacou ainda o papel fundamental que o desenvolvimento econômico e a inclusão social podem desempenhar no gerenciamento de crises, como o terremoto no Haiti.

O governo brasileiro vai investir US$ 1 milhão no programa, equivalente a mais de R$ 1,7 milhão. Ao oficializar a parceira, a embaixadora do Brasil na ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani de Azevêdo, destacou que o projeto "é uma contribuição para os esforços da OIT em prevenir os efeitos dos desastres sociais e naturais".
 


Na primeira fase, haverá capacitação de 276 funcionários de governos no programa, desenvolvido pelo Centro de Treinamento da OIT em Turin, na Itália

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Prêmio Instituto Claro – Novas formas de Aprender e Empreender até 03/12.

Prêmio Instituto Claro – Novas formas de Aprender e Empreender até 03/12.
O objetivo da iniciativa é fomentar o empreendedorismo social e estimular a articulação em rede, reconhecendo pessoas e organizações que realizam projetos inovadores relacionados à aprendizagem e ao desenvolvimento comunitário, por meio das novas tecnologias.

As inscrições vão de 01 de setembro a 03 de dezembro, pelo site do Instituto Claro (www.institutoclaro.org.br). No site também estão o regulamento e um tutorial com dicas sobre como inscrever um projeto. A premiação, no total de R$ 150 mil, acontece no início de 2011

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Documentos públicos do Google Docs poderão ser encontrados por buscadores

Textos, planilhas e apresentações tornadas públicas no Google Docs poderão ser encontradas por buscadores nas próximas semanas


O Google anunciou que nas próximas semanas começará a indexar o conteúdo de documentos públicos hospedados no seu serviço online de produtividade, o Google Docs.

Em anúncio publicado no fórum de ajuda do Google Docs, uma funcionária da empresa chamada Marie F. afirma que nas próximas duas semanas textos, planilhas e apresentações disponíveis para qualquer usuário poderão fazer parte do índex de Google, Yahoo, Bing e outros buscadores.

Segundo o comunicado, apenas documentos publicados como páginas online ou que têm a opção de integração por meio de códigos disponível poderão ser encontrados pelos buscadores.

Arquivos sigilosos ou publicados, mas encontrados apenas por usuários que têm o link, não serão encontrados, lidos e nem integrados ao índex dos buscadores.

O anúncio do Google acontece na mesma semana em que a Microsoft começa a testar a versão online do popular pacote de produtividade Office, o Office Web Apps.

Ainda sem data para chegar ao mercado, o serviço, ainda fechado a convidados, permitirá que documentos do Word, Excel e PowerPoint sejam editados e compartilhados online.

O principal rival do Office Web Apps será o Google Docs, tanto pelas ferramentas oferecidas a usuários e empresas como pela penetração do serviço do buscador - pesquisa da consultoria IDC mostra que o Docs está presente em um quinto das empresas nos Estados Unidos.

Agricultura familiar: MDS abre edital público de R$ 25 milhões para prefeituras

Por meio de edital público, Municípios podem concorrer a uma seleção para participar do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) disponibilizará, neste ano, o recurso total de R$ 25,3 milhões para novos convênios.


O objetivo é realizar parcerias para a promoção da segurança alimentar e nutricional a partir da aquisição de alimentos da agricultura familiar para o abastecimento de entidades sócio-assistenciais cadastradas e de equipamentos públicos de alimentação e nutrição, como restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias.

Os interessados devem enviar suas propostas, conforme o Edital n.º 02/2010 disponibilizado no site do Ministério:www.mds.gov.br/editais. Podem participar Municípios que operam ou já tenham operado o PAA e que disponham de cozinha comunitária ou banco de alimentos ou restaurante popular ou aqueles que possuam restaurante popular em funcionamento operado pela Prefeitura ou parcerias.

Não podem participar os Municípios que possuam o PAA operado entre o MDS e o governo estadual e aqueles que estiverem com pendências na prestação de contas junto ao Ministério. No anexo IX do edital encontra-se a lista dos Municípios elegíveis a participar da seleção.

O Ministério adota, em todos os editais, critérios de pontuação que levam em conta a caracterização da realidade socioterritorial e a situação de insegurança alimentar das famílias; a capacidade de gestão e integração das políticas de desenvolvimento social e combate à fome e, finalmente, a qualificação da proposta.

Cada Município poderá receber no mínimo R$ 450 mil e no máximo R$ 1.350.000,00, conforme a população e o projeto, lembrando que cada agricultor só poderá receber até R$ 4,5 mil por ano na venda da sua produção para o Programa.

Para participar da seleção pública, o Município precisa encaminhar projeto para o MDS até o dia 2 de março. No dia 15 de março, o Ministério divulga o resultado provisório, tendo o Município até o dia 19 do mesmo mês para interpor recursos. No dia 29 de março, será divulgado o resultado final da seleção. Esses resultados serão publicados no Diário Oficial da União e divulgados no site do MDS.

Início
O PAA foi criado em julho de 2003 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e é desenvolvido em parceria com Governos Estaduais, Municipais e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os recursos liberados pelo MDS são repassados aos Estados e Municípios por meio de convênios. A ação prevê a dispensa de licitação e fixa o teto de compra em R$ 4,5 mil ao ano, por agricultor, e R$ 8 mil na produção do leite.

Os recursos para o Programa vêm sendo ampliados a cada ano. Em 2009, foram disponibilizados R$ 478 milhões em todo o Brasil. Desse total, R$ 273 milhões foram destinados à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para a operacionalização do programa em todos os Estados brasileiros. Ainda, por meio de convênios, foram destinados R$ 31,8 milhões para as Prefeituras e R$ 173,6 milhões para os governos estaduais, incluídos os Estados do Semiárido que executam o PAA Leite, também conhecido como Leite Fome Zero.

Atualmente, o PAA compra alimentos de mais de 140 mil agricultores familiares para abastecer mais de 80 mil entidades de assistência social e rede de equipamentos públicos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Patrocínios Oi


Sabe a operadora de celular Oi?
Então, eles lançaram um edital para o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados. A empresa tem um instituto de responsabilidade social que pretende com esse programa ajudarprojetos nas áreas de artes visuais, cinema, cultura popular, dança, espaços culturais, música, patrimônio cultural, publicação e documentação, teatro, tecnologia e novas mídias. Legal, né?!
O programa deste ano pretende destinar recursos para o financiamento total ou parcial de projetos aprovados em leis estaduais e municipais de incentivo à cultura. O objetivo é simples: estimular a produção artística no Brasil.
Está previsto que ao todo serão contemplados aproximadamente 950 projetos. Para tanto, as propostas serão avaliadas por comissões especializadas e o resultado será divulgado no site. Mas atenção, os interessados devem se inscrever até 13 de dezembro no próprio site.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Movimento Nós Podemos Paraná lança plano inédito de aprendizado à distância sobre ações populares para cumprir os Objetivos do Milênio



Em parceria com o projeto Educação à Distância, do Serviço Social da Indústria 

Em parceria com o projeto Educação à Distância, do Serviço Social da Indústria (Sesi), e com o apoio do UNICEF, do PNUD e do UNITAR, o movimento Nós Podemos Paranálança o curso à distância Mobilização em Prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), inédito no Brasil.

As inscrições são gratuitas e estão abertas desde 25 de outubro. A primeira turma teve início nesta segunda-feira (08), e semanalmente, novas classes, com 50 inscritos cada, serão formadas. A carga horária total será de 16 horas e, ao concluir o processo, o aluno receberá um diploma.


“O curso permitirá multiplicar as propostas do movimento, com uma dimensão que só a internet possibilita”, afirma a coordenadora do Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.

Dividido em sete módulos, o curso on-line tem como objetivo oferecer metodologias para a mobilização de pessoas e instituições, para que estas participem de iniciativas em prol dos ODM.

O curso abordará o que são os ODM, ensinará como é possível iniciar um movimento Nós Podemos em sua cidade, explicará como articular núcleos e propor diálogos com a sociedade e apresentará, como exemplos, projetos e iniciativas inspiradoras.

Voltado para pessoas que trabalham em órgãos públicos, empresas e a comunidade em geral, o curso criado pelo Nós Podemos Paraná pretende atender mil alunos até o final do ano e reforçar a proposta de que é possível realizar pequenas ações até mesmo na rua em que se vive.

Entre os projetos inspiradores está a Jornada COEP pela Cidadania, realizada pela COEP (Rede Nacional de Mobilização Social), que estimulou a atuação integrada de pessoas buscando ações voltadas à melhoria das condições de vida de comunidades de baixa renda.

Outra iniciativa usada como exemplo no curso é a ação do Instituto Unigente, associação civil sem fins lucrativos, criada em 2005 e que, entre 2007 e 2009, priorizou os Objetivos do Milênio como foco de sua política, apoiando projetos sociais, promovendo palestras e trabalhando em prol dos ODM em parceria com outras organizações.

O curso de Mobilização em Prol dos ODM é uma das iniciativas do Movimento Nós Podemos e foi apresentado pela primeira vez a mais de 1.500 pessoas no Congresso Nós Podemos Paraná, realizado em agosto desde ano, em Curitiba.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para Lucimara Letelier ONGs precisam se unir para organizar doações 

Foto Pedro Kirilos

Captar recursos é uma expressão do economês que quer dizer, simplesmente, pedir dinheiro a quem tem para doar a quem tem pouco, ou nada. Não é difícil imaginar quão árdua é esta tarefa. Até porque, segundo uma pesquisa mundial feita em 156 países pela Charity Aid Foundation, 45% das pessoas já ajudaram um estranho na rua pedindo esmola, enquanto 30% da população já doaram para uma ONG e 20% já foram voluntários. Para tentar amarrar as políticas existentes no setor de captação de recursos já existe um Congresso Internacional de Captação de Recursos, que este ano aconteceu na Holanda.


Lucimara Letelier, de 33 anos, foi a única brasileira convidada para palestrar no encontro. Diretora da consultoria Management Center, que decidiu abrir depois de trabalhar na ONG ActionAid - “Muito séria na captação de recursos” - Lucimara conversou com o Razão Social durante mais de uma hora quando voltou do Congresso na Holanda. Abaixo, os principais tópicos abordados.

Sobre o Congresso
O grande foco do Congresso foram as fundações e as pessoas físicas, mas teve muita discussão sobre captação em empresas. Algumas pesquisas globais mostraram uma queda de 34% do aporte feito pelas empresas dos Estados Unidos e Europa em ONGs, de 2008 para cá. Isso se explica facilmente pela crise econômica mundial. A pesquisa trouxe também indicadores muito fortes sobre os caminhos que as empresas escolheram para apoiar: elas investem mais em projetos onde não precisam pôr dinheiro, em parcerias, equipamentos, voluntariado, serviços. Enfim, outras ações. É como se elas dissessem: “Nós não vamos parar de participar, mas vamos participar de outra forma”. Uma outra decisão que as empresas tomaram foi avaliar se aquilo que estão fazendo na área da filantropia está realmente tendo impacto junto ao consumidor, já que o consumidor de hoje é extremamente globalizado.

Sobre a posição do Brasil na filantropia
Percebemos lá no Congresso que os brasileiros têm mais debates sobre filantropia por um motivo muito simples: nós convivemos com desigualdade e pobreza no mesmo lugar onde convivemos com uma economia forte. Os países ricos lidam com essa questão de desigualdade social de maneira distante. Nós temos muito para ensinar, mas assim mesmo a América Latina não aparece nos estudos globais, por falta de dados. Por exemplo: marketing de causa (quando tem uma ação filantrópica associada a uma causa social porém com benefício direto ligado ao negócio). Nos Estados Unidos e Europa é uma coisa que está ficando de lado, enquanto no Brasil a tendência está em alta.

Pesquisa global
Foi apresentada lá no Congresso também uma pesquisa feita pela empresa Blackboud, que trouxe quatro tendências sobre a mobilização de recursos. A pesquisa envolveu 56 países e não envolveu o Brasil porque, segundo eles, não encontraram dados aqui para serem pesquisados. A primeira coisa que ficou claro é que já existe uma profissionalização maior de quem capta recursos. Em segundo lugar, ficou claro também que os doadores estão muito mais alertas: a pessoa que vai doar quer saber para quem vai doar, o que vai ser feito com aquele dinheiro. Outra tendência forte é que a captação de recursos hoje está sendo feita, majoritariamente, via online. Não pode ser mais aquela cartinha.

Sobre mídias sociais
Essa foi uma questão bastante decidida no Congresso porque é um potencial. Foi feita uma pesquisa que se chama e-benchmarking studie, que mostra que, por enquanto, esses canais ainda não são um meio de visibilidade. Não são efetivos em termos de gerar montantes de dinheiro, mas as ONGs começaram a encorajar doadores para usá-los. Uma grande camada de jovens, sobretudo na Ásia, Índia e China, está descobrindo a possibilidade de fazer filantropia. O WWF fez um aplicativo que está sendo muito usado. Não é tax message (quando a pessoa pode usar o celular para fazer uma doação via SMS, por exemplo). O aplicativo tem um tempo no celular e vai contando a vida de quem precisa da doação. Ainda por cima é viral, porque é possível mostrar para outras pessoas. Até realidade aumentada está sendo usada para trazer os jovens para essa cultura. Eu acho difícil, mas já há exemplos na Tailândia e Nova Zelândia, mostrando que alguns jovens estão indo para a rua. Lembra um pouco gincana de cidade do interior, mas eles conseguiram arrecadar até US$ 2 milhões. Teve ainda, lá no Congresso, uma discussão sobre facebook. Hoje, só dois países — Canadá e Estados Unidos — podem fazer doação direta via facebook.

Panorama das doações no Brasil
Antes, no Brasil, tínhamos só a reclamação da falta de cultura de doação, mas não tínhamos pessoas com recursos. Hoje é diferente. A grande tendência com relação ao doador brasileiro é que a classe média cresceu 21% e, com isso, cresce também a massa de pessoas que aumentaram seu poder de consumo. É natural que este movimento faça aumentar também o volume de doações. Até porque o brasileiro é um povo solidário. Essas pessoas têm recursos e as ONGs estão mais bem profissionalizadas para trabalharem a doação. A demanda e a oferta estão mais equilibradas. Quando se olha para pesquisas, o Brasil doa pouco. Mas, quando se olha para quanto se está caminhando e para o perfil dos doadores, a gente vê que vai crescer muito. 

Perfil do doador brasileiro
O perfil deste novo doador, da classe C emergente, é o de pessoas que conhecem melhor a realidade do que precisa ser transformado, porque elas passaram por situações de pobreza também, portanto estão mais conectadas com a falta de direitos. A classe média alta está mais distanciada disso porque tem mais privilégios. Por causa disso, nós que trabalhamos com captação de recursos estamos mais otimistas: estamos vendo mais possibilidades de mudança de consciência. A diferença é: quando se trabalha com a classe alta, o apelo tem que ser assistencialista. Já na classe média está surgindo o doador mais com o perfil de investidor do que nunca. Não tem retorno, mas a ideia é de investimento num mundo melhor, mesmo. O globalgiving, por exemplo, criado em 2002, já arrecadou US$ 120 mil. É muita gente, a cada dez segundos tem uma doação. E ele acabou criando uma tendência.

Pesquisa mundial sobre doadores
A Charity Aid Foundation fez uma pesquisa interessante envolvendo, segundo eles, 95% da população global. Foram feitas três perguntas para pessoas em 156 países do mundo todo: “Você já ajudou alguma ONG?”; “Você já foi voluntário”?; “Você já ajudou algum estranho?”. O resultado é que ainda é a maioria que ajuda estranhos na rua. 30% da população já doaram para ONGs; 20% já foram voluntários e 45% já ajudaram um estranho. Este resultado levantou discussão entre ONGs. O que acontece é que a questão emocional pesa muito e as ONGs acabam perdendo o senso de urgência, já que existe uma pessoa na frente para ajudar. A pessoa vai comer com o dinheiro que acabou de ganhar, enquanto a ONG funciona como uma espécie de terceirização da doação.

Brasil e Índia
O país que mais se assemelha ao Brasil, em termos de doações, é a Índia. Lá, a classe alta é muito rica, a classe pobre é muito pobre e há uma classe média crescendo. Na Índia já existem ONGs muito profissionais — são 3,3 milhões delas, enquanto nos Estados Unidos há 1,3 milhão e no Brasil há 400 mil.

A questão dos ricos 
Uma coisa muito discutida lá no Congresso foi o fato de que o movimento que o Bill Gates está fazendo, chamado The Pledge Giving (givingpledge. org) não deu certo na China. A conclusão é que os países emergentes que têm riqueza também têm uma cultura de filantropia. Mas não existe uma cultura profissionalizada de doações. Nós, dos países emergentes, não sabemos manter este doador. Para eles, a Índia, a China e o Brasil vão caminhar para uma filantropia muito parecida.

A filantropia e o preconceito
Aqui no Brasil a filantropia passou a ser encarada como pilantropia porque houve muita corrupção no sistema. Temos ainda que adjetivar a filantropia para conseguir aceitá-la Mas em outros lugares também houve isso, houve a questão da corrupção, e as pessoas não ficaram com esta percepção tão arraigada. O problema do nosso país é que não temos o mecanismo do outro lado, que fortalece os bons modelos. Agora temos o Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) e outros institutos, organismos sem fins lucrativos que divulgam positivamente as atitudes filantrópicas, para que a sociedade apoie e o governo também.

As escolhas das causas
O governo precisa criar incentivos e modelos que apoiem aquilo que a sociedade precisa como um todo. Isso evita que um indivíduo doador escolha a causa por conta de seu próprio interesse, não o da sociedade. Se o doador escolher, por exemplo, a causa da educação porque para ele é importante, mas o governo já resolveu a questão da educação, isso vai ajudar as pessoas, a humanidade, ou a ele próprio?

O que falta para uma real mudança
Falta união entre as ONGs, elas precisam advogar em sua própria causa, se unir, manifestar o tipo de impacto que tem. Na área das fundações, a grande tendência é o filantrocapitalismo, que é tratar as doações como investimento. Isso é uma tendência, que muda a maneira de captar

Unilever quer que você tome menos banhos

Empresa lança 50 objetivos de sustentabilidade para reduzir impacto ambiental

David Lewis, presidente da Unilever para a região das Américas, quer que as mulheres norte-americanas gastem menos tempo no chuveiro. Nada pessoal, claro, e isso poderia até parecer estranho para alguém que vende sabonete.


Mas a água quente que banha a mulher por uma média de 10 a 12 minutos é a grande questão dentro do programa de 50 objetivos para o corte de carbono gerado pelas marcas da Unilever, o Unilever Sustainable Living Plan. A ideia da empresa é cortar o impacto ambiental que ela causa pela metade até 2020. Segundo Lewis, essas diretrizes afetam todos os lançamentos da Unilever daqui para frente, no mesmo patamar de outros objetivos como vendas e lucros.

A rival Procter&Gamble já havia anunciado objetivos de sustentabilidade para 2020, incluindo redução de 20% no uso de embalagens por consumidor. Mas os planos da Unilever parecem ser mais agressivos. Neste quesito, espera-se uma queda de 33%.

Um dos compromissos é que toda a matéria-prima agrícola deverão vir de fontes sustentáveis até 2020. E metade já em 2015. A empresa quer também expandir seu purificador de água PureIt, com origem na Índia, para Ásia, América Latina e África.

Mas o mercado tem dúvidas de que tomar banhos mais curtos pode ser a solução, dando mais ênfase a métodos mais eficazes de produção de energia. De qualquer modo, a Unilever está levando a sério a história de cortar tempo de banho. Mesmo a linha masculina Dove Men & Care tem embalagens que incluem um pedido para que eles reduzam o tempo no banho por 40 segundos, para economizar água e energia.

Na publicidade, a medida não afetará, por exemplo, os anúncios em mídia impresa. O que deverá mudar é a verba maior para os produtos “verdes”.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Campanha Ação para Crianças - Até 31/12/10



Campanha Ação para Crianças - Até 31/12/10



Oportunidade para projetos sociais: Campanha de auxílio à captação de recurso é prorrogada em 2010
Uma Ação para Criança dobra o valor arrecado em pequenos projetos que beneficiem crianças e adolescentes. A meta desse ano é apoiar 75 iniciativas.  
 A Campanha Uma Ação para Crianças, desenvolvida pela CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço desde 2007, abre oportunidade de apoio a pequenos projetos sociais voltados à infância e adolescência. A meta é apoiar 75 projetos no Brasil esse ano. Até o final de 2009 a iniciativa atendeu 12.757 meninos e meninas de diversos Estados do País. Agora quer fortalecer a participação de escolas, organizações não governamentais, igrejas, sindicatos, associações de bairro, entre outros grupos, para desenvolverem ações de mobilização de recursos que serão destinados a pequenos projetos. 
 
A proposta é disponibilizar recursos para pequenos projetos que beneficiem crianças. A adesão à Campanha é simples. Para participar basta o interessado reunir uma turma e realizar uma atividade que arrecade recursos. O valor arrecadado será dobrado pela CESE para apoiar uma instituição que beneficie crianças e adolescentes, tendo esta instituição inscrito um projeto na Campanha Uma Ação para Crianças. A CESE disponibiliza também materiais de divulgação e orienta o grupo no desenvolvimento da ação. Mais sobre a Campanha em http://www.cese.org.br/index.php?prefixo=det&menu=banner&id=28 .
 
CESE desde 1973 incentivando ações sociais
A CESE atua há 36 anos com movimentos e organizações de luta pela garantia de direitos no Brasil. Desde 73 já apoiou cerca de 10 mil iniciativas, numa média de 400 projetos por ano, voltados a mais de 9,5 milhões de pessoas. Grupos de pequenos produtores, sem-teto, trabalhadores da economia solidária, povos indígenas, quilombolas, crianças e adolescentes, foram beneficiados pela instituição. A CESE quer fortalecer as organizações da sociedade civil, especialmente as populares, empenhadas nas transformações políticas, econômicas e sociais. Ações que conduzem a uma democracia com justiça. Mais sobre a CESE em www.cese.org.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ecomudança - até R$ 440 mil para projetos redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)


O Itaú destina 30% (trinta por cento) da taxa de administração dos Fundos Ecomudança para projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa

Em uma atitude pioneira, iniciada em 2007, o Itaú oferece aos seus clientes a possibilidade de aplicar seus recursos financeiros e de obter um retorno adicional: o fortalecimento de projetos que transformam a sociedade. Os Fundos Itaú Ecomudança revertem 30% (trinta por cento) da sua taxa de administração para projetos de organizações sem fins lucrativos com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

O processo seletivo de projetos que receberão o repasse de recursos dos Fundos Itaú Ecomudança está aberto até 30/12. Todas as informações relativas ao processo seletivo podem ser conhecidas por meio do edital.


Quem pode participar
Podem participar do processo seletivo conforme dispõe o edital, os projetos relacionados aos temas de eficiência energética, energias renováveis, manejo de resíduos e florestas, inscritos no período de 04 de outubro a 30 de novembro de 2010.

As organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações voltadas para a redução de a emissões de gases de efeito estufa (GEE) e que se enquadrem, cumulativamente, nos requisitos abaixo indicados, poderão ter seus projetos selecionados.
. Não tenham fins lucrativos;
. Tenham sido constituídas no Brasil, de acordo com a legislação brasileira, e possuam sede em território nacional;
. Estejam adimplentes com suas obrigações legais, inclusive fiscais;
. Sejam responsáveis diretas por um projeto ambiental no território nacional que abranja alguma atividade relacionada aos temas de 2010;
. Formalizem corretamente sua inscrição, dentro do prazo estabelecido pelo edital.

Não poderão se inscrever na seleção:
. Organizações* governamentais;
. Organizações* que tenham como mantenedor apenas uma empresa, grupo ou fundação empresarial, entendendo-se por mantenedor o ente responsável por prover mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita anual da organização;
. Organizações* mantidas exclusivamente por recursos públicos;
. Organizações* empresariais *, assim entendidas as instituições sem fins de lucro que congreguem como mantenedores, instituidores e/ou membros, diversas empresas, do mesmo ramo de atividade ou de diferentes ramos, reunidas em prol de objetivos comuns;
. Pessoas físicas que respondam isoladamente por ações do programa; e
. Organizações* que tenham como diretor ou funcionário pessoa que faça parte do corpo técnico da Comissão de Análise Técnica, do Comitê de Visita Técnica ou do Conselho Consultivo do Programa Ecomudança.
* O termo "organizações" abrange fundações, associações e sociedades.

Temas de 2010
Organizações sem fins lucrativos que desenvolvam açõs voltadas para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) poderão ter seus projetos selecionados. São 4 (Quatro) os temas de projetos que podem ser inscritos online:
. Eficiência Energética: racionalização do uso de energia elétrica ou aumento da eficiência energética de equipamentos de uso final de energia;
. Energias Renováveis: substituição de combustíveis não-renováveis ou uso de energias renováveis: biomassa, solar, eólica, hídrica etc.;
. Manejo de Resíduos: redução na geração de resíduos sólidos, instalação de biodigestores, compostagem e outras iniciativas.
. Florestas: recuperação de floresta nativa (recuperação de áreas degradadas com implantação de mudas nativas para recomposição florestal em reservas legais. Áreas de Preservação Permanente - APPS - ou projetos de reflorestamento) ou desmatamento evitado (projetos de redução de emissões de CO2 do desmatamento e da degradação florestal).

Processo de seleção
Os projetos inscritos nos temas relacionados no Edital 2010 (Eficiência Energética, Energias Renováveis, Manejo de Resíduos e Florestas) serão selecionados entre janeiro e fevereiro de 2011 e passarão por 4 etapas de avaliação:
1. Triagem das inscrições - verificação do atendimento das exigências do Edital.
2. Seleção dos projetos finalistas - As organizações que estiverem habilitadas deverão enviar informações adicionais (solicitadas e avaliadas pela Comissão de Análise Técnica do Programa Ecomudança em seu devido tempo), que poderão abranger, dentre outros, os seguintes aspectos:
. capacidade de gestão para sustentabilidade política, financeira e técnica;
. relevância do programa frente ao contexto local;
. caráter inovador do programa;
. resultados pretendidos; e
. potencial de transformação local.

Visitas técnicas às organizações finalistas - As organizações finalistas serão visitadas pelo Comitê de Visita Técnica para produção de relatõrio com justificativas que ratifiquem a indicação dos projetos finalistas bem como com dados adicionais que servirão como subsídios para a avaliação do Conselho Consultivo do Programa Ecomudança.

Seleção final dos projetos - Os projetos indicados pelas organizações finalistas serão avaliados pelo Conselho Consultivo do Programa Ecomudança, formado por especialistas da área de sustentabilidade, por empresas do mercado e por representantes de instituições relacionadas ao tema objeto dos projetos.
Os projetos que contarão com o apoio financeiro do Programa Ecomudança e as organizações que os representam serão divulgados em abril de 2011.

Caberá ao Comitê de Visita visitar e acompanhar a implementação dos projetos selecionados.

Valores de apoio
O Programa Ecomudança 2010 fará investimento de até R$ 440.000,00 (quatrocentros e quarenta mil reais) nos projetos selecionados por meio do processo seletivo previsto no edital, correspondente a 15% (quinze por cento) da taxa de administração dos Fundos Ecomudança, apurada entre 01 de setembro de 2009 e 31 de agosto de 2010.

O valor restante dos 30% (trinta por cento) da taxa de administração, mencionados na seção "O que é Ecomudança", será destinado a uma parceria institucional, atualmente em estágio de formatação, que irá apoiar um projeto de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), aprovada pelo Conselho Consultivo do Programa Ecomudança*.

O que é o Ecomudança
Desde 2007, o Itaú oferece aos seus clientes a possibilidade de aplicar seus recursos financeiros e de obter um retorno adicional: o fortalecimento de projetos que transformam a sociedade. Os Fundos Itaú Ecomudança revertem 30% (trinta por cento) da sua taxa de administração para projetos de organizações sem fins lucrativos com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Hoje, estão disponíveis duas opções de investimentos:
. Fundo Itaú DI Ecomudança, indicado para a maioria dos cenários econômicos, pois acompanha a oscilação da taxa de juros.
. Fundo Itaú RF Ecomudança, indicado quando há perspectiva de um cenário de queda da taxa de juros.
O investidor interessado também pode acessar o simulador de emissões de carbono criado especialmente pelo Itaú.

Basta acessar www.itau.com.br, selecionar “Investimentos”, em seguida “Fundos” e responder a um breve questionário na página do Fundo Itaú DI Ecomudança ou doFundo Itaú RF Ecomudança, clicando sobre “Simule suas emissões de CO2”.

Indústria do esporte crescerá 15% neste ano


Estimativa é da associação que reúne empresas que atuam na infra-estrutura. Cálculo que é segmento dobrará de tamanho em cinco anos
Pista de atletismo em Barueri, construída pela Recoma

Na esteira dos megaeventos esportivos que acontecerão no Brasil em 2014 e 2016, a indústria do esporte já começa a celebrar o crescimento do setor. Segundo estimativas da associação do segmento, a Abriesp, este ano conta com bons reflexos do que virá por aí. “A indústria do esporte vinha crescendo cerca de 10% nos últimos anos. Para 2010, a previsão é aumentar 15% em relação a 2009. O mercado deve dobrar nos próximos cinco anos”, observou Sérgio Schildt, vice-presidente da entidade.