sexta-feira, 23 de abril de 2010

A Caixa Econômica Federal oferece, em 2010, um total de R$ 7,8 bilhões

A Caixa Econômica Federal oferece, em 2010, um total de R$ 7,8 bilhões aos brasileiros interessados em obter crédito por meio de penhor e micropenhor. O montante é 39,2% superior aos R$ 5,6 bilhões destinados para o mesmo fim no ano passado.
Segundo o superintendente nacional de clientes pessoa física renda básica da Caixa, Humberto Magalhães, o aumento do volume de recursos disponível é reflexo da expectativa de alta na procura por essa modalidade de financiamento.

Somente no primeiro trimestre de 2010 a Caixa assinou 2,1 milhões de contratos de penhor, no valor de R$ 1,42 bilhão, o que representa 8,8% mais do que no mesmo período de 2009. Em São Paulo, nesse período, foram emprestados R$ 310 milhões em um total de 302,6 mil contratos - crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período de 2009. O penhor no Estado representa 21% do valor de empréstimos realizados em todo o País.

"O aumento da procura se dá pela facilidade da modalidade, além das taxas atrativas de juros", diz Magalhães, acrescentando não ver relação direta entre o ritmo de crescimento da procura com os meses de crise econômica mais aguda no ano passado. "No começo de 2010, meses de recuperação, a busca cresceu", observa. A Caixa projeta, até dezembro, a assinatura de 9,5 milhões contratos de penhor no Brasil.

Para o superintendente da Caixa, o público atual do penhor não é formado, necessariamente, de trabalhadores afetados pela crise. "A maioria é gente que tem pequenas dívidas pessoais, que, muitas vezes não conseguiu crédito em outra instituição financeira", explica. Destaca-se neste primeiro trimestre justamente a modalidade do micropenhor, que limita os empréstimos a R$ 1,5 mil: o aumento foi de 32,6% no valor emprestado, passando de R$ 250,3 milhões em 2009, para R$ 331,3 milhões em 2010, em um número total de contratos 15,8% maior.

Pesquisa da Caixa mostra que esse é o caso de 70% das pessoas que procuram a modalidade. O levantamento revela ainda que 33% dos clientes são trabalhadores autônomos ou donos de um negócio próprio, outros 33% são funcionários contratados do setor público ou privado, enquanto 34% têm outras ocupações. Do total de clientes, 78% podem ser considerados "fiéis", e já usaram esse tipo de empréstimo mais de uma vez.

A maioria (74%) dos clientes são mulheres, e 55% delas têm idade entre 35 e 50 anos. Além disso, a renda média mensal familiar dos contratantes mais assíduos está entre cinco e 20 salários mínimos (de R$ 2.550 a R$ 10.200).

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